Diário de bordo – Febraban Tech 2023 – Segundo dia
Segundo dia de Febraban Tech 2023 e o evento continua com sua poderosa capacidade de atendimento nos stands.

Oferecendo uma trilha de palestras e painéis direcionados ao setor financeiro, no segundo dia(se você ainda não leu nosso diário de bordo do primeiro dia, clique aqui e fique por dentro antes de ler sobre o nosso segundo dia) de evento percebemos uma trilha voltada para bancos e serviços digitais atrelados a cyber segurança.
Adriana Salgueiro, Vice-Presidente de Tecnologia e Digital da Caixa, explicou sobre a importância da tecnologia no centro dos negócios, buscando tornar os serviços financeiros acessíveis a todas as camadas da população. A Caixa, como um banco popular que facilita o acesso a benefícios governamentais para seus clientes, reconheceu a necessidade de garantir a segurança do usuário diante do avanço dos serviços digitais.
A implementação de tecnologias como reconhecimento de voz e facial traz tanto benefícios quanto riscos de fraudes, destacando a importância de utilizar a inteligência artificial para o bem.
Assim como a sociedade está evoluindo, os bancos digitais também crescem juntamente com o objetivo de inclusão de toda a sociedade. Se o cliente é digital, o banco precisa oferecer serviços financeiros digitais. Com a participação de três importantes líderes do setor financeiro, Curt Zimmermmam – CEO do banco digital Next, Fernando Kontopp – Diretor de Tecnologia do banco Itaú e Tushar Parikh – Country Head do Brasil e Head Latam da TCS para as áreas de Banking, Financial Services e Insurance, o auditório azul da Febraban discute a importância de criar soluções digitais em vez de apenas produtos digitais.

Essas instituições reconhecem a necessidade de quebrar paradigmas, pois os consumidores questionam a relevância e o propósito dos serviços oferecidos. Ao desafiar esses paradigmas, é possível desenvolver produtos digitais mais eficazes e de fácil acesso.
Curt enfatiza a importância da segurança como ponto crucial para o desenvolvimento dos bancos digitais. Uma oferta de valor abrange uma equipe que considera todos os pilares da experiência do cliente. Não existe uma técnica única que possa impulsionar o desenvolvimento da equipe, a menos que haja um ambiente que permita que cada profissional desenvolva ideias e soluções.
A cultura inclusiva é fundamental para ser verdadeiramente digital.
Os consumidores estão mudando sua postura social em relação aos serviços bancários, buscando eficiência e segurança. Tecnicamente, a infraestrutura do back-end precisa ser robusta, facilitando a integração de todos os níveis de serviços e experiências oferecidas. Colocar o consumidor no centro de tudo é o que impulsiona a criação de soluções, serviços e experiências próximas ao ideal.
A cada ano, os setores de negócios e tecnologia caminham juntos, buscando oferecer produtos digitais que atendam às necessidades dos consumidores. “Construir para mudar” é a essência na qual as mentes da tecnologia e dos negócios se conectam. Um ecossistema interconectado contribui para o avanço mais rápido dos métodos de pagamento digitais. Ampliar a oferta envolve compreender as necessidades dos clientes e personalizar as ofertas, adaptando-as ao processo de cada cliente.
A palestra “Sociedade digital, banco digital” destaca a importância da presença de pessoas físicas nos processos, permitindo que as empresas entendam a necessidade de personalização em um país com uma ampla diversidade de clientes. Além dos serviços bancários digitais, o ecossistema também abrange serviços complementares.
A única constante é a mudança, e abraçar todas as transformações é essencial. Habilidades emocionais em conjunto com tecnologias como a IA são fundamentais para impulsionar as transformações.
Um fato interessante sobre as cores dos estandes no evento é que muitos deles apresentam a cor azul em sua paleta. Isso remete à tecnologia e aos dispositivos eletrônicos, representando o avanço notável da tecnologia que impacta não apenas o setor financeiro, mas também diversos outros.
Observando de fora de cada estande, é comum perceber a preocupação com a parte humana e a segurança, mencionando-as como parte integrante do sistema de evolução tecnológica. Palestras com essas temáticas são realizadas diariamente nos auditórios e painéis principais do evento.
A segurança, em particular a cyber segurança, tem assumido um papel de destaque, pois é uma preocupação real tanto para os fornecedores de serviços e produtos digitais quanto para os clientes que os utilizam. Os ataques cibernéticos e a falsificação de identidades estão se tornando cada vez mais sofisticados à medida que a tecnologia avança e se renova. É fundamental ter controle de dados por meio de ferramentas adequadas e seguir protocolos para garantir a segurança dos usuários. A regulamentação de segurança de dados fornece diretrizes para padronização e assegura um mínimo de segurança em instituições financeiras.
A falsa sensação de segurança pode ser uma armadilha, pois isso pode levar a uma complacência em relação à busca por métodos de segurança mais avançados. O desenvolvimento de ferramentas de segurança geralmente ocorre como resposta a eventos não conformes. Antecipar-se à segurança é um diferencial para cada empresa, envolvendo a formação de equipes especializadas em testes.
O crime cibernético provém de várias fontes, sendo a deep web a principal delas, embora esse cenário esteja mudando e se tornando mais visível. Os golpes estão se tornando comuns e preocupantes tanto para os clientes quanto para as empresas. É necessário conhecer os clientes além dos dados básicos e demonstrar o quanto a instituição se preocupa com a segurança dos dados para manter a confiança no serviço.
Uma comunicação fácil e disseminada tem auxiliado na conscientização sobre a proteção contra golpes, orientando sobre medidas de segurança além daquelas fornecidas pela instituição. Muitos ataques contam com a participação involuntária dos próprios clientes, que são enganados por pessoas que estudam esses ataques e roubos de dados.
Os golpes mais comuns incluem o phishing, que oferece facilidades enganosas. Esse cenário destaca a importância da educação e da índole das pessoas na prevenção desses golpes cibernéticos.
À medida que a inteligência artificial se torna mais presente, os golpes tendem a se tornar mais sofisticados. A detecção de fraudes precisa ser constantemente reavaliada para acompanhar o avanço tecnológico, facilitando a vida dos clientes, mas abrindo espaço para golpes mais elaborados.
O tratamento dessas situações exige uma análise minuciosa dos incidentes e treinamentos eficientes em todos os pontos da cadeia que lidam com os dados do cliente. O bem-estar do cliente deve ser sempre uma prioridade no cuidado com seus dados.
A colaboração entre as áreas é essencial para preservar os dados e promover a evolução da segurança. A regulamentação do Banco Central do Brasil também precisa acompanhar o avanço tecnológico. A formação de parcerias inovadoras impulsiona melhorias no ecossistema integrado, protegendo os dados. A conscientização sobre o tratamento de dados é o novo foco no que diz respeito à cyber segurança e conformidade.
Nesse segundo dia, tivemos outro ponto importante de painéis e palestras: a WEB 3.

A internet passou por diferentes estágios de evolução ao longo dos anos, cada um com suas características distintas. A Web 1 era marcada por poucos usuários, um formato estático e um paradigma experimental. Em seguida, a Web 2 trouxe as grandes empresas de tecnologia como protagonistas, com um formato dinâmico e social, e um paradigma centralizado nas empresas.
Agora, estamos vivendo a era da Web 3, que apresenta novas oportunidades de negócios e transformação digital. Nessa fase, surgem conceitos como os NFTs (Tokens Não Fungíveis), que permitem a autenticação, tokenização de ativos físicos e monetização de ativos digitais, abrindo caminho para novos modelos de negócios e receitas. A economia tokenizada ganha força nesse contexto.
Outra tendência da Web 3 são as Finanças Descentralizadas (DeFi), que envolvem protocolos sem intermediários, gerando novos ecossistemas e aumentando a eficiência por meio do uso de Smart Contracts. Além disso, surgem novos modelos de governança, como as organizações autônomas descentralizadas (DAOs), que tornam a governança mais inclusiva e automatizada, combinando DAOs, Smart Contracts e Tokens de Governança.
A Realidade Virtual (VR) e a Realidade Aumentada (AR) também desempenham um papel importante na Web 3, oferecendo novas formas de conectar clientes com marcas e serviços, criando novos canais de vendas, atendimento e comunicação.
A identidade digital é outra área em destaque, com a verificação de identidade, autenticação e privacidade sendo gerenciadas de forma mais segura e descentralizada, colocando o controle dos dados nas mãos do cliente.
Para as empresas, é crucial focar no que já é seu núcleo estratégico, mas estar sempre atento às tendências do mercado e ter a capacidade de se adaptar rapidamente quando necessário. Além disso, é importante ter cuidados com questões legais, mesmo em um ambiente “sem fronteiras”, para garantir seu espaço e proteger sua propriedade intelectual.
A Web 3 é um trabalho em andamento (WIP), com constantes evoluções e mudanças. As oportunidades são amplas, e é essencial acompanhar esse progresso para se manter relevante e aproveitar ao máximo os benefícios que essa nova era digital tem a oferecer.
Esse foi nosso segundo dia de diário de bordo da Febraban Tech 2023. Quer ver um pouco mais sobre o evento? Acompanhe nossa rede social!