Novas tecnologias a partir da Corrida Espacial

Na última quarta-feira, 16 de novembro, a espaçonave Orion foi lançada rumo à órbita da Lua na primeira etapa da missão Artemis, que visa levar humanos ao satélite natural da Terra após 50 anos. Especialistas avaliam que o lançamento da missão Artemis inaugurou uma nova era da exploração espacial e a Nasa já prevê humanos passando longos períodos na Lua, ainda nesta década.

O projeto Artemis se encontra na fase TRL-7, ou em validação, na escala de classificação tecnologia da NASA, que vai de 0 a 9. Abaixo você consegue ver a explicação de cada fase.

A corrida espacial, competição do século XX para exploração do espaço entre Estados Unidos e União Soviética, não gerou apenas conhecimento sobre o universo. É graças à exploração do espaço que é possível desenvolver muitas tecnologias e invenções presentes no cotidiano. Conheça algumas delas:

  • Câmera de celular

Nos anos 90, o Laboratório de Propulsão a Jato da NASA criou câmeras pequenas para caberem em naves e sondas que não perdiam a qualidade das imagens. Os celulares utilizam um sensor de imagem semicondutor de óxido de metal complementar, que os pesquisadores da NASA conseguiram tornar menor, mais leve, para tirar fotos mais nítidas. Estima-se que um terço de todas as câmeras têm essa tecnologia, principalmente as câmeras de celulares e computadores.

  • Termômetro infravermelho

A agência espacial utilizou o infravermelho para medir a radiação emitida pelas estrelas e planetas, em mais tarde, a Diatek iniciou um estudo de termômetros auriculares infravermelhos para bebês e chamou a Nasa para compartilhar sua expertise. Juntas, criaram um termômetro capaz de determinar a temperatura de uma pessoa em menos segundos, com precisão de 0.1 °C, sem utilizar mercúrio e nem mesmo encostar no paciente.

  • Filtro de água

Nos anos 60, a agência espacial desenvolveu um sistema de filtros que usava iodo para limpar as fontes de água das espaçonaves. Desde então, a tecnologia, que é utilizada para eliminar bactérias do líquido, também passou a ser usada em filtros de água na Terra e também na limpeza de piscinas.

  • Ferramentas Wireless

Durante o programa Apollo, a NASA entendeu que teria que escavar rochas no solo para retirar amostras e que fazer isso manualmente ocuparia muito tempo nas missões. Além disso, as furadeiras deveriam funcionar no vácuo, sem depender do ar para refrigerar o equipamento. O material deveria ser leve, compacto e também consumir pouca energia sem depender de estar ligado em tomadas. Nesse processo, a Black & Decker foi contratada pela NASA para desenvolver as soluções e os produtos se mostraram tão eficazes que a empresa aproveitou a tecnologia para criar uma linha de equipamentos sem fio.

  • Pneus mais resistentes

As sondas precisam andar pela superfície de outros planetas e satélites e necessitavam de pneus que fossem mais resistentes. A Goodyear desenvolveu um material mais forte que o ferro para um programa que enviou naves para Marte. A empresa decidiu aplicar a tecnologia em seus produtos comerciais, resultando em uma maior vida útil para os seus produtos.

  • Membros artificiais

A fabricação de próteses ganhou impulso graças às pesquisas da agência espacial. Com o objetivo de facilitar o dia a dia dos astronautas nas missões no espaço, a NASA criou materiais mais resistentes e flexíveis que posteriormente foram utilizados na produção de próteses para pacientes que perderam algum membro. Antes dos avanços, as próteses eram confeccionadas com moldes de amido de milho e gesso, o que resultava em um produto pesado, frágil e pouco prático.

  • Painéis solares mais eficientes

O projeto tecnológico ERAST da NASA possibilitou a criação de células fotovoltaicas mais eficientes. O objetivo era criar um avião não tripulado que poderia voar em altitudes elevadas durante vários dias, para isso, as células solares deveriam ser leves e eficazes. Em comparação com painéis convencionais, a nova célula à base de silício é 50% mais produtiva. Com essa inovação, milhões de casas passaram a ser abastecidas com energia ainda mais barata e amiga do meio ambiente.

O que esperar para os próximos anos?

Acompanhar a evolução das tecnologias transversalmente em outros ecossistemas é essencial à inovação. Se você aplicar essas tecnologias no seu segmento de negócio, é preciso continuar buscando as evoluções e mudanças que poderão contribuir para a sobrevivência em um mercado em constante transformação. O pensamento exponencial e sistêmico é essencial para o futuro das empresas.

E como já falamos por aqui no blog GFT, embora ninguém possa adivinhar o futuro, o Foresight Estratégico ajuda as organizações a mapear horizontes mais distantes em busca de drivers de mudança e tendências comportamentais e tecnológicas para contribuir com seus negócios.

O Customer Insights and Experience Team é o braço multidisciplinar da GFT Brasil, que através de uma abordagem 360º faz o mapeamento e a estruturação de problemas, transformando-os em oferta e oportunidades de novos negócios, produtos e serviços para empresas, usando métodos de design estratégico especulativo associado à pesquisa de tendências sociais e de tecnologias emergentes.

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Referências

https://cienciadoamanha.com/2021/06/06/sensores-cmos-possibilitaram-cameras-em-celulares/

https://blog.gft.com/br/2022/08/23/por-que-olhar-para-os-futuros-e-importante-para-as-empresas-e-os-negocios/

Technology Readiness Level | NASA

NASA Armstrong Fact Sheet: ERAST | NASA