Três Desafios da Nuvem para se preparar em 2019

Como o papel tradicional dos executivos de tecnologia continua evoluindo, a única promessa garantida para 2019 é de mais pressão para entregar soluções que atendam às expectativas de clientes e parceiros.

No final do ano passado, segundo o IDC, quase metade dos gastos com TI foram baseados em nuvem, com uma previsão de atingir 60% de toda a infraestrutura de TI e 60-70% de todos os gastos com software, serviços e tecnologia até 2020.

É imperativo que as empresas vejam a computação em nuvem como um elemento crítico de sua competitividade, não apenas como um custo que precisa ser cuidadosamente gerenciado. Em 2019, as empresas terão que equilibrar as capacidades da mais nova tecnologia em nuvem, enquanto se concentram na segurança.

Aqui estão três tendências em computação em nuvem para as quais as empresas devem se preparar em 2019:

1. O número de serviços e soluções em nuvem (SaaS, PaaS, IaaS) continuará a aumentar

Haverá uma explosão de novos serviços e soluções em nuvem, e aqui estão algumas estatísticas para provar isso.

  • O software como serviço baseado em assinatura (SaaS) apresentará um crescimento anual na ordem de 18% até 2020, de acordo com a Bain & Company.
  • O investimento em plataforma como serviço (PaaS) crescerá de 32% em 2016 para 56% em 2019, tornando-se o setor de plataformas em nuvem que mais cresce, de acordo com a KPMG.
  • O mercado de infraestrutura como serviço (IaaS) deverá atingir US $ 72,4 bilhões em todo o mundo até 2020, segundo o Gartner.

Se julgarmos pelas tendências atuais da computação em nuvem, o número de soluções em nuvem nos setores público e privado se expandirá ainda mais em 2019. Esperamos ver mais organizações aproveitando a simplicidade e o alto desempenho que a nuvem garante.

2. Mais empresas irão optar por soluções de nuvem híbrida

Fazer uma transição completa para a nuvem provou ser mais desafiador do que o previsto, então é aqui que as soluções de nuvem híbrida terão um papel importante. Com uma nuvem híbrida, as empresas podem fazer a transição para a nuvem em seu próprio ritmo, com menos risco e a um custo menor. Em 2019, mais empresas escolherão uma abordagem de nuvem híbrida que lhes permitirá acessar a eficiência e a eficácia das soluções em nuvem.

Essas nuvens podem ser sistemas multivendor ou uma mistura de nuvens privadas e públicas. Com a adoção da nuvem em seu auge, as empresas precisam entender as vantagens e desvantagens de cada uma das nuvens antes de tomar uma decisão que melhor se adapte a seus negócios.

3. Com o GDPR e LGPD, a segurança na nuvem se tornará mais confusa

Não é surpresa que a segurança continue a ser um problema com a tecnologia de nuvem, especialmente agora com a introdução das leis de proteção de dados GDPR na Europa e LGPD no Brasil. Dadas as vantagens da computação em nuvem, muitas empresas provavelmente se apressarão sem considerar seriamente as implicações de segurança.

De acordo com o Gartner, “até 2020, 99% das vulnerabilidades exploradas continuarão sendo conhecidas pelos profissionais de segurança e TI por pelo menos um ano”.

Em 2019, as empresas terão a difícil tarefa de garantir que suas práticas de dados atendam plenamente aos requisitos das leis de proteção de dados.

Impulsionados pela transformação digital, veremos mais e mais empresas migrarem para a nuvem no próximo ano, o que significa que as ameaças à segurança cibernética também aumentarão.

Oitenta e três por cento das cargas de trabalho da empresa estarão na nuvem até 2020 –  41% das cargas de trabalho corporativas serão executadas em plataformas de nuvem pública, enquanto outros 22% serão executados em plataformas de nuvem híbrida.

Garantir a conformidade da nuvem com as leis de proteção de dados não será uma tarefa fácil. Os resultados de uma pesquisa recente feita pela CommVault mostraram que apenas um pequeno número (12% das 177 organizações globais de TI pesquisadas) entende como o GDPR afetará seus serviços em nuvem. Esses resultados levantam a suposição de que as empresas que usam serviços em nuvem serão mais vulneráveis.

As grandes empresas e corporações enfrentarão mais desafios do que nunca para serem competitivas neste ambiente tecnológico em constante mudança. As tendências descritas acima são áreas críticas nas quais dedicar recursos para que elas permaneçam relevantes e garantam que seus produtos permaneçam na liderança do mercado em 2019.

Carlos Mattos é Chief Architect e Head of Technology and Innovation na GFT Brasil. Artigo publicado originalmente no E-Commerce News