Brasileiros pelo mundo: conheça a experiência de três profissionais de TI na Espanha
A ascensão global da GFT no desenvolvimento de projetos digitais para o setor financeiro gerou um crescimento em projetos de longo prazo, especialmente para o Brasil e para a Espanha. Por esta razão, a GFT Espanha calcula contratar mais 500 profissionais este ano. Destas 500 oportunidades de contratação, 100 são específicas para profissionais brasileiros, especialistas em JAVA, J2EE, HTML5, AngularJS e Big Data

Em meados de 2015 e início deste ano, Elias Lima, Fernando Antonio e Jairo Carrilho saíram do Brasil em busca de um novo desafio profissional: trabalhar na GFT Espanha. Entrevistamos esses três profissionais de TI, que nos contaram como foi o processo de adaptação e suas primeiras experiências na Espanha.
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Bruno Figueiredo: Como surgiu a oportunidade de ir trabalhar na GFT Espanha? Vir para Europa já era um plano para vocês?
Elias Lima: Eu vi uma notícia em um site brasileiro anunciando as vagas. Na verdade, mudar de país nunca esteve nos meus planos, foi uma oportunidade que apareceu e eu pensei “por que não?”
Fernando Antonio: Já participava de alguns processos para outros países (no caso, Alemanha e Irlanda) e a oportunidade de vir trabalhar na Espanha foi algo que não havia pensado, mas que aconteceu muito rápido. Um colega espanhol, que vive no Brasil, viu o link de uma matéria que dizia a respeito do processo da GFT e decidiu compartilhar comigo. Li sobre as vagas e vi que meu perfil seria interessante para as posições disponíveis.
Jairo Carrilho: Fui informado por um gerente de projetos, com quem trabalhei e que hoje trabalha para a GFT Espanha, que havia algumas vagas com o meu perfil. Como sempre estou em busca de novos desafios, resolvi me candidatar a essa oportunidade. A experiência internacional sempre me despertou a curiosidade, porém mudar de país definitivamente não estava nos meus planos, mas é exatamente essa dinâmica do trabalho que me faz seguir motivado em minha posição. Ser desafiado constantemente e estar preparado para mudanças, mesmo que repentinas, me mantém ativo e me satisfaz profissionalmente.
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BF: O que vocês faziam antes no Brasil? E o que estão fazendo agora na GFT Espanha?
EL: Nos últimos anos no Brasil, eu atuava como líder técnico e desenvolvedor em uma equipe ágil de desenvolvimento de software sob medida, para clientes de diversos setores. Agora também estou atuando em uma equipe ágil em um projeto bancário, como desenvolvedor.
FA: Atuava como Desenvolvedor de Software Sênior do maior meio de pagamento online do Brasil (PagSeguro – UOL). Atualmente, na GFT, estou atuando em um projeto para um dos maiores bancos da Espanha, também como desenvolvedor, na parte de segurança de microservices.
JC: Estou na GFT desde dezembro de 2010 e na GFT Espanha desde fevereiro de 2016. Já trabalhei para a GFT Espanha a partir da GFT Brasil, com cliente da Alemanha, assim como também já trabalhei para clientes do Brasil. Toda essa internacionalização funciona muito bem na GFT. A empresa está toda estruturada para que os escritórios estejam conectados como se trabalhássemos um do lado do outro.
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BF: Como foi o processo de seleção e de mudança para a GFT Espanha? Como vocês se prepararam para esse novo passo profissional?
EL: O processo de seleção contou com uma prova e algumas entrevistas com time técnico e RH. Em geral, foi um processo tranquilo e me explicaram como a GFT trabalha e como seria minha atuação na empresa. Eu não fiz nenhum tipo de preparação profissional especial, me preocupei mais com questões de adaptação e treino de idiomas (inglês e espanhol).
FA: As analistas de Recursos Humanos foram extremamente solícitas e tudo fluiu da maneira mais adequada possível. A preparação para a vinda foi um pouco conturbada, pois foi necessário despedir-se de pessoas que tenho afeto, desfazer-se de coisas de certo valor sentimental e deixar uma carreira já estabelecida para encarar um desafio em um “livro em branco”, onde trilharei minha caminhada do zero.
JC: Como era funcionário da GFT Brasil, alinhei com meus gestores minha intenção de mudança para a GFT Espanha. Recebi total apoio pelos líderes do meu antigo projeto e da GFT Brasil, pois torcem pelo meu crescimento profissional tanto quanto eu. Enviei então o meu currículo para a GFT Espanha e participei do processo seletivo até ser finalmente aprovado. Todo início causa muita apreensão e dessa vez não seria diferente. Nunca havia viajado para a Europa, e iria me deparar com um lugar desconhecido, com um idioma também desconhecido. Mas no fim foi muita apreensão à toa, pois a região está muito bem preparada a receber estrangeiros.
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BF: E no âmbito pessoal, como foi a recepção da família e dos amigos a esse novo desafio?
EL: A família e os amigos receberam a noticia com um misto de alegria pela oportunidade e tristeza pelos problemas que a distância causa.
FA: A família, em geral, não compreendeu bem. Em algumas ocasiões fizeram comentários bastante desnecessários, mas respeitaram a minha vontade e os meus sonhos. Os amigos tendem a dar um suporte maior, pois enxergam realmente a possibilidade de crescimento.
JC: Foi muito positiva. A decisão final sempre é minha, e eu tenho claro meus objetivos, onde estou e onde quero estar no futuro. O que nos resta é a saudade, mas graças a nossa tecnologia estou em constante contato com todos no Brasil. Pretendo uma vez ao ano passar por lá e rever todos.
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BF: Como foram as primeiras semanas na Espanha? Como a GFT ajudou nessa fase de mudança e adaptação?
EL: As primeiras semanas foram um pouco confusas. Sempre acho um pouco complicado quando mudo de trabalho e, nesse caso, mudou a vida inteira. Um desafio e tanto! A GFT ajudou muito na questão da documentação e com algumas dicas sobre a região.
FA: As primeiras semanas foram bem peculiares. Uma mudança brusca de temperatura, de 30 e poucos graus no Brasil para 5 – 10ºC por aqui, e com aquela sensação constante de descoberta, de tudo novo. Fiquei alguns dias em um apartamento alugado por curto prazo, porém, encontrei rapidamente o apartamento definitivo em Sabadell (em torno de 25min de transporte público da GFT).
JC: Chegamos no meio do inverno e levamos um choque com o frio. Foi muito boa a receptividade por parte da GFT aqui na Espanha, tivemos todo o suporte necessário nessa fase de adaptação. A empresa se preocupou muito para que sofrêssemos o mínimo de impacto com a mudança e para que nos adaptássemos rapidamente. Diferentes ações foram tomadas, por exemplo, tínhamos reuniões toda semana com o RH para esclarecer dúvidas gerais, o RH instaurou um grupo mesclado de espanhóis/brasileiros denominado “Shared Talk” para que depois, sob nossa responsabilidade, seguíssemos compartilhando experiências. Além disso, nossos colegas de projeto e de empresa diariamente nos instruem com o idioma e com dúvidas gerais.
BF: Vocês têm alguma história divertida ou inusitada desse período inicial de adaptação na Espanha? Notam alguma diferença significativa no estilo de vida ou na maneira que se trabalha entre Brasil e Espanha?
EL: Confesso que algumas vezes comprei coisas no mercado que não fazia ideia do que eram, ou achando que eram uma coisa e, na verdade, eram outra. Quanto ao trabalho, acredito que as diferenças são naturais quando você muda de uma empresa para outra. A grande diferença aqui está relacionada ao ambiente internacional. Há muitas pessoas de diversos países!
FA: A história inusitada que tenho é uma série de coincidências: o espanhol que trabalhava comigo e vivia no Brasil é natural da Catalunha, especificamente de Sabadell. Depois que mudei para cá, acabei por escolher a cidade natal deste amigo para viver: Sabadell.
JC: Nossos idiomas são muito parecidos e, às vezes, essa semelhança soa como algo engraçado. Recentemente enviei um e-mail para a nossa equipe de trabalho onde dizia que “nós deveríamos estar “aliñados” (com o assunto)”. Claro, nossa líder, muito educadamente me corrigiu, dizendo que “aliñar” era como preparar uma salada com azeite, sal e vinagre e que minha frase soava estranha. De fato, soa estranho dizer que pessoas devem estar temperadas, quando na verdade o que queria dizer era “alineados”. A confusão se dá porque em português a palavra “alinear” se traduz “alinhar” e “alinhar”, por sua vez, foneticamente soa como “aliñar”. Enfim, nem sempre a semelhança ajuda, e nem sempre se pode confiar no corretor ortográfico.
BF: Para finalizar, qual mensagem vocês deixariam para alguém que também pensa em mudar de país por uma oportunidade profissional como vocês estão tendo agora na GFT Espanha?
E.L: A experiência de viver uma outra cultura é impagável. E mudanças são bons momentos para rever conceitos na vida pessoal e profissional. Você abre mão de algumas coisas que julga importante e que, na verdade, não são tão fundamentais assim e acaba abrindo espaço para novas oportunidades e experiências.
F.A: Aconselho a todos a transformar seus pensamentos em ações e que aproveitem cada oportunidade. Estou certo de que será uma jornada de aprendizagem, amadurecimento e muitas alegrias. Sempre tive o pensamento de que prefiro me arrepender pelos erros cometidos, do que pelas oportunidades perdidas. Com esse pensamento, saí do Brasil. Agora posso dizer que, absolutamente, esse não foi um dos meus erros cometidos, mas sim uma oportunidade imensurável de crescimento: pessoal e profissional.
J.C: Que antes de tudo tracem seus objetivos pessoais e profissionais e permaneçam firmes neles até o fim. Muitos com quem converso acham que vim para a Espanha para enriquecer ou que estou a passeio, mas a experiência em viver e trabalhar fora está além da questão financeira e de lazer. Sair da nossa “zona de conforto” faz com que muitas vezes pensemos em querer voltar para lá. É por isso que nessa hora temos que ter os objetivos claros. Permanecer firme neles me faz seguir em frente e não querer voltar para trás. Estou muito satisfeito com toda essa experiência que a GFT me proporciona.
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