A Inovação em serviços financeiros

Debate sobre tendências em gestão da inovação em instituições financeiras e os principais processos, tecnologia e mudanças culturais que impulsionam a inovação.

Da evolução à revolução

Em março desde ano estive na feira de tecnologia CeBIT, em Hannover (Alemanha) para participar do evento CODE_n, uma plataforma única para startups e empreendedores inovadores introduzirem novos produtos e serviços. O evento deste ano centrou-se em “promover a revolução de dados”; 50 finalistas apresentaram para uma ampla gama de setores suas soluções inovadoras de “big data”.

Eu tive a oportunidade de apresentar o discurso de apresentação na área de serviços financeiros. Considerando-se o grande número de questões interessantes que estão acontecendo nesta área, houve muito o que falar.

Uma das principais mensagens era sobre o estado atual de “big data” em serviços financeiros. Embora mais de 90% das empresas de serviços financeiros planejem melhorar sua capacidade de “big data” em 2014, apenas 9% contam com uma solução Hadoop em produção (em todos os setores, os números são significativamente mais baixos).Destaca-se o fato de que, apesar de estas novas tecnologias oferecerem muitas promessas e os bancos reconheçam claramente o seu valor, elas não são fáceis de implementar, além de que o processo de adoção por parte dos bancos leva tempo.

As formas de utilização, tanto no varejo quanto em investment banking, são claras. Em banco de varejo, a chave reside na centralização dos dados de clientes, de modo que o banco possa entender seus clientes de forma mais eficaz, prestar um serviço personalizado e ajudar a evitar fraudes. Em investment banking, os dados chaves não são os dos clientes, mas sim os do comércio. Através da construção de uma história de operações de grande e de alta qualidade, um banco de investimento pode melhorar seu lucro e cálculo das perdas, medição de risco de crédito e de mercado, além de sua capacidade de gerar relatórios de regulação, tais como a “Volcker Rule”, entre outros.

No entanto, o que os bancos têm feito até agora é uma abordagem evolutiva. Através da aplicação de tecnologias de “big data” para os processos existentes, eles melhoraram a sua eficiência. E isso é ótimo, uma vez que melhora os procedimentos operacionais e SLAs (Service Level Agreement), mas também oferece a capacidade de desenvolver novos cálculos e reunir insights detalhados sobreos negócios do banco.

Contudo, acho que a maior vantagem para os bancos de investimento virá através da utilização dessas novas tecnologias para revolucionar e excluir os repositórios de dados nos sistemas de TI dos bancos. A computação e armazenamento distribuído dão aos bancos a capacidade de finalmente centralizar todos os seus dados e, portanto, reduzir a redundância de dados e processos que é tão comum em todo o setor. Graças às fontes de dados confiáveis ​​e consistentes, o custo-benefício de gerenciamento de dados e uma visão unificada de posições de dados, transações e clientes, o banco terá uma visão mais completa e precisa do seu negócio.

É não apenas uma evolução, mas uma revolução.